O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, que ocorre anualmente no Brasil desde 2015.
Na Campanha durante todo o mês, várias ações são promovidas com o objetivo de sensibilizar a sociedade sobre a importância da saúde mental e da prevenção ao suicídio ao longo de todo o Ano, o Tempo Todo, buscando salvar vidas e reduzir o estigma em torno desse tema delicado.
No contexto cristão católico, a campanha também levanta reflexões importantes sobre o papel dos fiéis no cuidado com a vida, o acolhimento ao próximo e a promoção da esperança, numa vigilância constante.
A Importância do Setembro Amarelo
O Setembro Amarelo surgiu para combater a falta de informação e o preconceito que ainda cercam as questões de saúde mental.
O suicídio é uma realidade mundial que afeta todas as idades e classes sociais.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano.
No Brasil, esta é a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, o que ressalta a urgência de abordarmos essa questão e trabalhar no combate do problema, o tempo todo.
O Papel do Cristão Católico na Prevenção ao Suicídio
A doutrina da Igreja Católica valoriza a vida em todas as suas fases e crê que ela é dom sagrado de Deus.
Assim, o cristão católico tem um papel fundamental na promoção da vida e na ajuda aos que estão passando por momentos de sofrimento.
O Papa Francisco, à luz da Palavra de Deus, claro, frequentemente enfatiza a importância da misericórdia, do cuidado com o próximo e da solidariedade com os que sofrem.
Isso se aplica de maneira especial, num cuidado constante, conforme nos lembra a do Campa Setembro Amarelo, pois nesse tempo, somos chamados a ser instrumento de esperança para os que estão em sofrimento mental.
1. Acolher com Amor e Empatia
Jesus nos ensinou a amar ao próximo como a nós mesmos (Marcos 12,31) e essa lição é fundamental para o comportamento do cristão católico, especialmente no contexto de saúde mental.
Muitas vezes, as pessoas que estão passando por momentos difíceis se sentem incompreendidas e isoladas.
O acolhimento, sem julgamentos e com empatia, pode ser o primeiro passo para que alguém sinta que não está sozinho.
É importante que o cristão católico seja uma presença acolhedora, disposta a ouvir e oferecer apoio. Isso pode se manifestar em ações simples, como estar presente, oferecer um ombro amigo ou até mesmo ajudar a pessoa a buscar apoio profissional, como psicólogos ou psiquiatras.
A escuta atenta, sem julgamentos, é uma das formas mais profundas de amor cristão.
2. Promover o Valor da Vida
A Igreja Católica sempre defendeu o valor da vida, desde a concepção até a morte natural.
Esse princípio é central na mensagem que o cristão deve transmitir ao lidar casos do tipo, como nos lembra a Campanha.
Em um mundo onde muitas pessoas perdem a esperança, o cristão católico é chamado a ser uma luz que aponta para o valor da vida e a dignidade de cada ser humano.
Isso não significa minimizar o sofrimento daqueles que estão enfrentando depressão ou pensamentos suicidas, mas sim oferecer uma mensagem de que, mesmo nos momentos mais difíceis, a vida tem sentido e valor e que nada dura para sempre.
O Evangelho nos ensina que Jesus veio para que todos tenham vida e a tenham em abundância (João 10,10), essa promessa deve ser compartilhada com aqueles que se sentem perdidos.
3. Ser Um Instrumento de Esperança
A fé cristã está profundamente enraizada na esperança. Para o cristão católico, o sofrimento não é o fim, mas pode ser transformado em um caminho para a ressurreição e renovação.
Durante a Campanha do Setembro Amarelo, os fiéis são chamados a iniciar um processo de comprometimento com a vida, de modo, transmitir sempre, a mensagem de esperança para aqueles que estão lutando.
Ser instrumento de esperança pode significar oferecer palavras de encorajamento, rezar por aqueles que estão sofrendo e também agir de maneira concreta, ajudando a pessoa a encontrarem recursos que possam aliviar sua dor.
Muitas vezes, uma simples conversa ou um gesto de bondade pode fazer toda a diferença na vida de alguém que está enfrentando uma crise.
4. Reconhecer a Importância da Saúde Mental
Historicamente, muitas comunidades religiosas não deram a devida atenção às questões de saúde mental, tratando o sofrimento psicológico como falta de fé ou como um problema exclusivamente espiritual. Não é verdade!
Por isso, a Igreja Católica tem se modernizado e reconhecido a importância de cuidar da saúde mental de maneira integral, compreendendo que o ser humano é composto de corpo, mente e espírito.
O cristão católico, portanto, deve estar atento para não estigmatizar aqueles que estão passando por depressão ou ansiedade.
Ao contrário, deve ser um agente de acolhimento, conscientização e, incentivar o cuidado com a saúde mental, apoiando as pessoas a procurarem ajuda profissional e espiritual, sempre necessário.
5. Oração e Ação
A oração é uma parte central da vida cristã, e durante a Campanha do Setembro Amarelo e ao longo do ano todo, o cristão católico, pode intensificar suas orações pelas pessoas que estão passando por momentos difíceis, pedindo a Deus que lhes conceda força e paz.
No entanto, a oração deve ser acompanhada de ação. A fé sem obras é morta (Tiago 2,26), e o cristão é chamado a ser as mãos e os pés de Cristo no mundo, sobretudo, na vida dos que sofrem!
Isso significa que, além de rezar, o cristão deve buscar maneiras concretas de ajudar aqueles que estão em sofrimento, seja através de gestos de solidariedade, apoio emocional ou até mesmo contribuindo para campanhas de conscientização e prevenção ao suicídio.
A Campanha Setembro Amarelo é uma oportunidade para que todos, especialmente os cristãos católicos, reflitam sobre a importância da vida e do cuidado com o próximo.
Em um mundo onde muitos enfrentam desafios emocionais e psicológicos, o chamado cristão é ser uma presença de amor, acolhimento e esperança.